Os cachorros são grandes amigos dos humano, dóceis e amigáveis, são companheiros fiéis capazes de trazer alegria para qualquer lar, porém, quando sua saúde e cuidados de higiene são negligenciados, podem se tornar um perigo para os humanos, pois se tornam hospedeiros de bactérias, vírus e parasitas capazes de afetar não só a saúde do animal, mas também a de quem convive com ele.
A contaminação pode ocorrer de formas simples, como uma lambida, ou de formas mais agressivas como uma mordida. Há também doenças que podem estar presentes nas fezes, o que torna o local onde o animal faz as necessidades básicas um verdadeiro perigoso para quem o limpa, e em alguns casos, para crianças que podem transitar pela área e acabar tendo contato com o material infectado, por exemplo.
O primeiro passo para evitar contaminações é entender como prevenir que as doenças atinjam seu bichinho.
Raiva
A raiva é uma doença mortal – quase 100% dos casos registrados terminaram em morte- causada por um vírus do gênero Lyssavirus, que em humanos, pode causar alterações neurológicas graves, além de mal-estar, febre, falta de apetite, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, inquietação e sensação de angústia.
Como é transmitido:
Através da mordida de um animal contaminado, ou qualquer outro contato sanguíneo.
Quais os sintomas no cachorro:
- Agressividade (o que torna ainda mais comum as mordidas)
- Pode apresentar vômito
- Costumam se esconder, principalmente em locais escuros, longe de sol
- Roer móveis e madeira de forma incomum
- Falta de apetite
- Não beber água
- Falhas motoras
- Salivação excessiva e com espuma
- Na fase final, ocorrem paralisias e convulsões
Como evitar:
A vacinação anual de seus pets é sempre a melhor prevenção, porém, além disso, evitar contato com animais desconhecidos na rua, principalmente em momentos onde ele possa se sentir mais vulnerável, como no período de alimentação.
Giardíase
A giardíase é uma infecção causada pelo protozoário Giardia lamblia. Nos cães e seres humanos, o parasita se prende à parede do intestino delgado e causa problemas gastrointestinais como diarreia e vômito.
A principal complicação é a desidratação causada pela diarréia e vômito que essa infecção provoca.
Como é transmitido:
Essa doença pode ser transmitida pelo contato com as fezes do animal infectado – mesmo que apenas no momento de limpar o local onde o cão costuma usar- e também pelo contato com a água contaminada. Em geral, quando o animal é diagnosticado com essa doença, os humanos também são aconselhados a passar por um clínico geral que fará os exames necessários.
Quais os sintomas no cachorro:
- Diarreia
- Fezes pastosas e fétidas
- Vômitos
- Perda de peso
- Falta de ingestão de água
Como evitar:
A vermifugação é a prevenção ideal, porém, dependendo do medicamento usado, seu cachorro não estará 100% protegido.
Evitar levar o doguinho em locais onde possam ter outros cães não vermifugados é também uma boa forma de prevenção, nesses casos, a ingestão das fezes de um animal infectado é a responsável pela contaminação.
Leishmaniose
A Leishmaniose canina é uma infecção parasitária causada por protozoários que atacam o sistema imunológico do cão. Por ser uma zoonose (doença que afeta cães e humanos), pode ser transmitida de seu pet para você, tendo como vetor e transmissor principal, o mosquito.
Como é transmitido:
A transmissão acontece através da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis (popularmente ele é conhecido como mosquito-palha, birigui, cancalha e tatuqueira, dependendo da região do Brasil em que se encontra).
Ao picar um cão infectado, a fêmea do mosquito ingere a leishmania e irá transmitir para outros animais, e humanos, através da picada.
Quais os sintomas no cachorro:
- Lesões, descamação e coloração branca prateada na pele
- Infecção nas patas
- Pele grossa
- Unhas espessas, podendo apresentar formato de garras
- Machucados que não cicatrizam
- Feridas na orelha
- Problemas oculares que causam secreção e piscadas excessivas
Como evitar:
Já existe uma vacina para seus cães que protege contra essa doença, ela pode ser aplicada em filhotes acima dos 4 meses de idade.
São necessárias três doses, com intervalo de 21 dias entre elas, e deve ter a dose de reforço aplicada todos os anos.
Além disso, limpeza constante dos ambientes de convivência, repelentes e telas de proteção contra mosquito irão auxiliar sua família a se manter saudável.
Leptospirose
Apesar de ser muito comum associarmos essa doença a ratos, ela também pode ser transmitida pelos cães, por isso, merece atenção.
Como é transmitido:
O microrganismo causador da doença tem o poder de penetrar na pele ou na mucosa do cão, e então cai na corrente sanguínea do animal. Uma vez infectado, o pet passa a excretar a Leptospira através da urina.
Os humanos podem se contaminar ao limpar a urina do pet, por exemplo.
Quais os sintomas no cachorro:
- Mucosas pálidas ou amareladas
- Falta de apetite, levando a perda de peso
- Fraqueza
- Taquicardia
- Vômito
- Desidratação
Como evitar:
A leptospirose canina pode ser evitada através da vacinação do pet, como a dosagem dependerá da idade, o ideal é conversar com seu veterinário sobre as indicações. Seu reforço também é anual.